A incrível constelação feminina do cinema ganha cada vez mais espaço nas modestas homenagens desta seção. Desta forma, a sétima edição de “Destaques do Cinema” é dedicada à excelente e talentosíssima atriz norte-americana Renée Zellweger.
Filha de um imigrante suíço de nome Emil Eric Zellweger e de uma imigrante norueguesa chamada Kjellfrid Iren Andreassen, casados desde 1963 – daí suas feições nórdicas e nome pouco usual – Renée nasceu no dia 25 de abril de 1969 no estado do Texas, mais especificamente em Katy, nas cercanias de Houston. Nesta pequenina cidade do interior texano, ela viveu uma infância tranqüila e liberal na medida do possível, além de ter concluído o ensino médio em 1987, após ser líder de torcida, ginasta olímpica, jogadora de basquete e atriz de teatro amador. Esta última atribuição é a que mais nos interessa nesse breve panorama da vida da artista e ao contrário do que se possa imaginar, a futura atriz de sucesso freqüentava as aulas de interpretação somente para preencher os requisitos universitários. Para seu sustento e manutenção dos estudos na Universidade do Texas (em Austin), na qual cursou Língua Inglesa, Renée passou a trabalhar em vários empregos, incluindo o de garçonete em um clube de strip-tease. Após a conclusão da graduação, ela decidiu que a carreira de atriz era seu objetivo e desta forma iniciou uma série de tentativas de ingressar em produções cinematográficas e comerciais, em seu próprio estado, além de um novo curso universitário de Cinema, Rádio e TV, no qual formou-se em 1991. Um ano depois, conseguiu sua primeira participação em um filme para TV chamado “Amigos Até a Morte” (A Taste For a Killing), ainda inédito no Brasil.
Em seguida, atuou em “Jovens, Loucos e Rebeldes” (Dazed and Confused, de 1993) e “Caindo na Real” (Reality Bits, de 1994). Neste último, uma comédia romântica independente dirigida por Ben Stiller, ela contracenou com astros e estrelas da chamada Geração X, composta por atores de 20 e poucos anos que despontaram no cinema no começo da década de 90 – como por exemplo Winona Ryder que estrelou o filme citado anteriormente. Apesar do impulso profissional alcançado, Renée parecia destinada a papéis secundários ou participações em produções menores, principalmente em filmes de suspense ou aqueles dirigidos a um público “teen”.
“8 Segundos” (8 Seconds, de 1994),“O Retorno do Massacre da Serra Elétrica” (The Return of the Texas Chainsaw Massacre, de 1994) e a comédia “Sexo, Rock e Confusão” (Empire Records, de 1995) foram alguns outros filmes nos quais ela faturou papéis de diferentes níveis de destaque. Apesar de seu papel de vítima ser bem tímido em “O Retorno do Massacre da Serra Elétrica”, Renée passou a ser reconhecida no circuito de produções independentes a partir de um convite do ator Matthew McConaughey para atuar no longa de 1994, “Um Amor e Uma 45” (Love and a 45). Renée faturou o papel e somou mais experiência e êxito em sua iniciante carreira, sendo que posteriormente ela conseguiu o papel principal (Susan) na comédia para TV “Rock, Agito e Curtição” (Shake, Rattle and Rock!), um filme que se passa nos anos 50.
Um maior reconhecimento viria somente com sua atuação na bem-sucedida produção independente de comédia/drama romântico “Jerry Maguire – A Grande Virada” (Jerry Maguire), de 1996, no qual ela interpretava a namorada do personagem de Tom Cruise. Dirigido pelo seu futuro amigo Cameron Crowe, que adora a atriz e a considera uma heroína ao estilo Billy Wilder – ou seja, uma daquelas que chora quando deve rir e ri quando deve chorar – “Jerry Maguire – A Grande Virada” foi um sucesso de crítica e de público, faturando mais de 150 milhões de dólares nas bilheterias dos Estados Unidos e cinco indicações ao Oscar. Todo esse êxito terminou por conceber certo reconhecimento à atriz, pois todos queriam saber mais sobre a jovem atriz que fizera o par romântico do galã Tom Cruise.
Apesar do status de nova estrela na gigantesca constelação de Hollywood, Renée não despontou de vez na carreira e posteriormente escolheu alguns papéis exigentes e de pouco destaque, tais como a judia do drama ''Um Preço Acima dos Rubis'' (A Price Above Rubies), do ano de 1998, e uma interpretação na comédia romântica ''Procura-se Uma Noiva'' (The Bachelor), de 1999.Finalmente, a fase gloriosa e mais reconhecida de sua trajetória estava próxima do início. A partir dali, ela seria vista em alguns dos papéis mais importantes de sua carreira: Um Amor Verdadeiro (One True Thing, de 1998), Eu, eu mesmo e Irene (Me, Myself and Irene, de 2000) e Enfermeira Betty (Nurse Betty, de 2000) são alguns exemplos. Neste último, sua atuação como a personagem-título lhe rendeu um Globo de Ouro de Melhor Atriz em Comédia ou Musical. Além disso, o filme que contava no elenco com nomes como Morgan Freeman, Chris Rock e Greg Kinnear, recebeu o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Cannes.
Em “O Diário de Bridget Jones” (Bridget Jones’s Diary, de 2001), adaptação cinematográfica do livro homônimo de Helen Fielding, Zellweger mais uma vez encarna uma protagonista. Sua elogiada atuação neste longa sucesso de bilheteria na Inglaterra e nos EUA, fez com que ela mais uma vez faturasse um Globo de Ouro. O filme ganhou uma continuação em 2005, "O Diário de Bridget Jones – No Limite da Razão" (The Edge of Reason) e Renée uma nova indicação, desta vez não arrebatado.
Todavia, antes disso, sua lista de prêmios passou a contar com mais um Globo de Ouro através de sua interpretação impecável em “Chicago” (2003). Impecável e difícil, pois Renée nunca havia cantado em público e nunca tivera aulas de dança antes da produção. Para desempenhar um trabalho primoroso, assistiu e acompanhou atentamente todos os movimentos da colega de elenco Catherine Zeta-Jones, experiente cantora e atriz dos teatros londrinos. Dez meses de preparação foram suficientes para a atriz Renée se tornar uma convincente cantora e dançarina.
Foi com “Cold Mountain” (2003) que ela finalmente faturou sua primeira estatueta do Oscar. A interpretação da roçeira determinada Ruby Thewes não poderia ter sido mais aclamada pela crítica especializada e pelo público, e levou a atriz ao título de Melhor Atriz Coadjuvante do ano em questão. Além disso, ela também levou mais um Globo de Ouro para casa, sem contar vários outros prêmios importantes por este mesmo papel. Ao lado da estelar Nicole Kidman, Renée faz rir, chorar e refletir neste filme que foi um dos últimos dirigidos pelo consagrado diretor Anthony Minghella. E olha que ela era “só” uma personagem coadjuvante...
6 comentários:
Renée é uma triz fasciantante.
Gosto dela em O Diáriod e Bridget Jones e Chicago, ótimas atuações.
Pra uma atriz dessas, é questão de tempo até os membros da Academia reconhecerem seu talento com uma estatueta. Ela é uma das melhores atrizes de sua geração!
Renée é uma excelente atriz... até pouco tempo eu desconsiderava seu trabalho por achá-la feia demais acredita? Quão tapado eu era ne´?
Boa semana!!!
Bom saber um pouco mais sobre a grande (e linda) Renée. “O Diário de Bridget Jones” é um dos filmes que mais gostei nos últimos tempos... Já vi três vezes, hehe... Abração, Júnior!
Acabo de encontrar um blog de primeira. Parabéns, Júnior, pelo ótimo trabalho. Renée é linda e talentosa, merecedora desta homenagem. Gostaria de pedir uma também para a incível Meryl Streep, a melhor atriz desse mundo.
Também gosto da Renée apesar de não achar a malhor de todas, rs
O filme que eu mais gosto é "O Diário de Bridget Jones " e "Chicago".
Ótimo post !
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